domingo, 7 de novembro de 2010

Bactéria KPC

Já pelo mundo divulgaram-se mortes e a ocorrência de casos da NDM-1, que poderia alastrar-se pelo mundo, o que levou muita gente a preocupar-se pois afinal de contas, mal saímos de uma pandemia e já temos notícias alarmantes sobre doenças mortais.

A sigla KPC significa Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase, é uma bactéria do tipo bacilar gram-negativa da família Enterobacteriaceae que causa mais comumente pneumonia e infecções no trato urinário, além é claro de espalhar-se pelo organismo e levar à chamada infecção generalizada. Ela pode transmitir-se de vários modos, podendo ocorrer nas fezes, na água, no solo e até mesmo em vegetais, cereais e frutas, bastando para isso o contato por um doente contaminado com a bactéria e que não tenha os devidos cuidados com a higiene. Mas o grande problema mesmo é nos hospitais onde a falta de condições ideais de serviço com a quantidade elevada de doentes, leva à chamada infecção hospitalar, que nada mais é do que a propagação de bactérias dentro do hospital, que deveria ser um local para tratamento de doenças, e acaba virando um local de cultura de bactérias.

Mas o grande problema da KPC é a sua resistência à maioria dos antibióticos, ou seja, o paciente é tratado e não se recupera, necessitando de medicamentos mais fortes, o que pode não ser uma opção quando o doente já tem outros problemas de saúde que não permitam o uso de antibióticos exageradamente potentes, ou seja, se tratado pode morrer, se não tratado morre.

A KPC não é nova, mas era rara. Desde meados de 2008 no entanto o índice de pessoas infectadas vem aumentando e diversos estudos tem sido publicados à respeito, alguns citando-a até mesmo como “potencial para uma pandemia“. E esse não é um problema do Brasil, mas do mundo todo. A KPC já é encontrada em países do chamado “primeiro mundo” e mata milhares de pessoas anualmente. A grande maioria adquindo a bactéria em hospitais e clínicas, quase sempre por falta de cuidados na higiene, aliado à utilização de antibióticos de modo indevido, seja quando desnecessário ou ainda interrompendo-se o tratamento antes da cura total do paciente