Do Sinpro-PE
Professores da rede pública de ensino de Itambé decretaram, na tarde desta terça-feira(26), greve geral da categoria por falta de condições de trabalho. A paralisação foi definida em assembléia, que avaliou como a única maneira de pressionar a Prefeitura Municipal para melhoria na qualidade do ensino na localidade. Agora, a tendência é que o movimento se espalhe pela Região, em especial em oito cidades que tem sofrido com a mesma problemática. Caso não haja avanço nas negociações, até a próxima quinta-feira outras oito cidades também deverão aderir ao movimento grevista, entre elas Limoeiro, Custódio, Bezerros, Machados, Petrolândia, Vicência, Paudário e Jabotá.
Os 180 professores de Itambé que estiveram na assembléia denunciaram que os telhados das escolas estão quebrados, faltam quadros, fardamentos, livros, transporte e que os professores que ficam doente tem que pagar seus substitutos para dar aula, ainda que estes problemas de saúde sejam desenvolvidos, em sua maioria, pela má condição de trabalho. Também não há prestação de contas ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB -, e não está sendo cumprida a lei do resgate salarial e do Plano de Cargos e Carreira - PCC.
A Prefeitura de Itambé foi notificada pelo Tribunal de Contas por desvio de recurso público da educação. No relatório, constam 300 professores contratados que não foram apresentados, enquanto que os demais recebem apenas R$ 400 quando recebem o salário. Pra completar, já são quase dois anos sem que a categoria seja sequer recebida pela gestão do executivo municipal. “O Sindicato dos Professores de Pernambuco – Sinpro PE - junto com os demais municípios está reivindicando o cumprimento PCC, estímulo a educação continuada, restabelecimento do qüinqüênio - prorrogado para dez anos, acarretando uma perda de até R$ 400 para cada professor -, reajuste do piso e do salário do professor aposentado - que recebe apenas um salário mínimo, apesar de ter direito a aposentadoria por maiores contribuições -, segurança nas escolas, reformas, merenda escolar de qualidade, fim da contratação de estagiários e, principalmente, melhoria das condições de trabalho pela preservação da saúde do professor, debilitada, o que compromete a qualidade da educação”, explicou o diretor político do Sinpro PE, Jackson Bezerra.