Filho de político deveria estudar em escola pública? O senador Cristovam Buarque(PDT) diz que sim e defende uma lei para isso; críticos afirmam que, se o político pode pagar, melhor deixar a vaga pública para quem não pode. “Não tenho a menor dúvida de que (o projeto) teria grande impacto na qualidade do ensino. As crianças dos parlamentares chegariam em casa dizendo como é a escola', disse Cristovam. E tenta convencer seus colegas. Está em análise há quase quatro anos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado um curioso projeto de lei (PL 480/2007) de autoria de Cristovam que estabelece que todo político eleito no Brasil nos âmbitos federal, estadual ou municipal matricule, obrigatoriamente, seus filhos na rede de ensino público.
O objetivo: incentivá-los a investir mais não apenas na educação, mas na qualidade de outros serviços públicos. Na semana passada, o debate voltou à tona após um grupo divulgar pelo facebook o texto e a ideia do projeto de lei. No total, mais de 52 mil pessoas já assinaram uma petição online apoiando o PL 480. O senador Cristovam afirma que o apoio da sociedade é a principal arma que tem para conseguir uma aprovação mais rápida do projeto na CCJ.
“Não é decente a gente usar o serviço privado se nós somos os que devemos cuidar do serviço público”, afirma o senador. Segundo ele, os parlamentares brasileiros protegem-se da má qualidade do ensino público usando o setor privado. “Isso é falta de decoro, e se é falta de decoro, pode levar a uma cassação”, diz. (Época)
Escrito por Magno Martins
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